Prédio da Câmara é denominado como “Expedicionário Ryd Manoel da Silva”

Em uma solenidade especial realizada durante a 26ª Sessão Ordinária de 2019, na noite desta quinta-feira (6), foi realizada a nomeação oficial do prédio da Câmara de Vereadores. Com a aprovação unânime do projeto de Lei de nº 25/2019, que denomina o prédio do Poder Legislativo como “EXPEDICIONÁRIO RYD MANOEL DA SILVA”, ex-pracinha santo-amarense que serviu a Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial.

De autoria do vereador Ricardo Lauro da Costa (MDB), a iniciativa teve como objetivo prestar uma homenagem a Ryd, que também foi comerciante no município.

Na presença de familiares e amigos, foi lido um breve histórico sobre o jovem pracinha santo-amarense, que embarcou para a Itália aos 23 anos de idade, e que mesmo em terras desconhecidas, sem qualquer experiência de combate, permaneceu no campo de batalha durante 228 dias, lutando bravamente contra as tropas alemãs e italianas, contribuindo para a vitória dos Aliados. Ao fim da Segunda Guerra Mundial, retornou a Santo Amaro da Imperatriz, onde fora recebido com fervor pela população, aclamando-o como um Herói Nacional.

Ryd ainda foi reconhecido pelo Governo Brasileiro e Americano, sendo condecorado com medalhas de campanha, diplomas e certificados.

Sua história é pouco conhecida, e segundo seus familiares, "Ryd Manoel da Silva é um nome que deve estar presente nas escolas deste município e nas nossas mentes, ele deve fazer parte da história da cidade."

O Projeto de Lei determina ainda que a partir da sanção do texto, toda a documentação emanada do Poder Legislativo Municipal deverá conter no seu cabeçalho: “CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ EXPEDICIONÁRIO RYD MANOEL DA SILVA”

 

HISTÓRIA

Força Expedicionária Brasileira foi o nome dado à força militar constituída em 9 de agosto de 1943 para lutar na Europa ao lado dos países Aliados, contra os países do Eixo, na Segunda Guerra Mundial. Integrada inicialmente por uma divisão de infantaria, a FEB acabou por abranger todas as tropas brasileiras envolvidas no conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em resposta àqueles que consideravam ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra.

Durante todo o período em que se manteve neutro diante da guerra que começou na Europa em 1939, o governo brasileiro sofreu fortes pressões dos Estados Unidos para permitir às tropas norte-americanas o uso de portos e aeroportos do Norte-Nordeste, considerados fundamentais para a defesa do continente. O presidente Getúlio Vargas aproveitou a ocasião para obter dos Estados Unidos a promessa de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e de construção de uma grande usina siderúrgica.

Com o ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor (7/12/1941), o governo Roosevelt condicionou a cooperação técnica e econômica ao envolvimento direto do Brasil no conflito. O fator decisivo entrou em cena entre fevereiro e agosto de 1942, quando navios mercantes brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães, provocando no Brasil indignação generalizada: manifestações de rua, em campanha desenvolvida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela Liga de Defesa Nacional, passaram a exigir a declaração de guerra. Em agosto, caiu por terra a neutralidade do Brasil, primeiro com a declaração de rompimento das relações diplomáticas, no dia 22, e em seguida, com a declaração do estado de guerra contra a Alemanha e a Itália, através do Decreto nº 10.358, do dia 31.

Na Itália, a FEB uniu-se às tropas do V Exército norte americano - integrante do X Grupo de Exércitos Aliados. Nesse momento, o objetivo das tropas aliadas ali sediadas era impedir o deslocamento alemão para a França, onde se preparava a ofensiva final aliada. Era necessário, assim, manter o exército alemão sob constante pressão.

As primeiras vitórias brasileiras ocorreram em setembro de 1944, com a tomada das localidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano. No início do ano seguinte, os pracinhas participaram da conquista de Monte Castelo, Castelnuovo e Montese. O conflito, no entanto, não se estendeu por muito mais. A 2 de maio, o último corpo do exército alemão na Itália assinou sua capitulação, e a 8, a guerra na Europa chegava ao fim, com a rendição definitiva da Alemanha.

 

Texto: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal.

Fontes: www.cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/FEB 

Fotos: Arquivo pessoal/Ryd Manoel da Silva

 

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal
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